domingo, 25 de abril de 2010

Histórias em Quadrinhos...

CONTEXTO:A história das HQs

     Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, X-Men, Mickey, Turma da Mônica... quem não conhece esses personagens? Famosos no cinema, TV e revistas, todos eles têm uma origem em comum: as HQs (histórias em quadrinhos).
      Mas você sabe como os quadrinhos foram inventados?
      A origem das histórias em quadrinhos é muito controversa. Segundo a 'lenda' os quadrinhos surgiram porque os jornais não estavam vendendo tanto e começaram a usar ilustrações para complementar as notícias e chamar a atenção do leitor", disse o colunista de quadrinhos do ValeParaibano, Fabrício Grellet. Segundo ele, com o tempo, as ilustrações começaram a se desvencilhar das notícias e trilharam um caminho próprio, criando um novo gênero narrativo: as HQs.
      No entanto, desde os homens das cavernas até hoje a humanidade sempre se comunicou através de desenhos. Por isso, definir quando realmente surgiram as histórias em quadrinhos é um desafio digno de super-heróis.
     "Didaticamente, considera-se Richard Outcalt o pai dos quadrinhos. Em 1895, ele criou o personagem Yellow Kid, que trazia frases escritas em sua camiseta. Mas é uma paternidade polêmica, porque vários ilustradores colaboraram para o nascimento e evolução dos quadrinhos", disse Grellet.
      Pai ou não dos quadrinhos, Outcault e seu Yellow Kid são um marco na história das HQs. Foi com este personagem que um dos principais elementos das HQs foram incorporadas às histórias: os balões de fala. Antes dos balõezinhos, os textos eram escritos em forma de legendas que acompanhavam as cenas. Há quem diga, no entanto, que o início da história moderna dos quadrinhos se desenrola por todo o século 19, com o trabalho de ilustradores como o suíço Rudolf T. Pffer, com o "Sr. Vieux-Bois" (1827); Henrique Fleiuss, com "Dr. Semana" (1861); Wilhelm Busch, com os endiabrados garotos "Max e Moritz" (1865) e Georges Colomb, com "A Família Fenouillard" (1895). Estes artistas aliavam qualidades literárias ao desenho e muitas vezes mostravam situações cômicas.
      No dia 17 de maio de 1890, foi publicada em Londres pela primeira vez uma revista semanal com histórias desenhadas. Era a "Comic Cuts", da editora de Alfred Harmsworth, que atingiu uma tiragem de 300 mil exemplares.
      Em 1929, foi criado o marinheiro Popeye e, um ano mais tarde, o ratinho Mickey.
      A partir de 1933, começaram a ser publicadas as revistinhas de Walt Disney, exclusivamente com histórias em quadrinhos. Foi a época também do detetive Dick Tracy e do aventureiro do espaço Buck Rogers.
      O conceito de herói com uma missão, hoje tão associada aos quadrinhos, teve como marco as histórias de aventuras de Tarzan, herói das selvas imortalizado nos traços de Burne Hogarth, em 1929.Mas é em 1938 que uma nova revolução aconteceu no mundo das HQs. Um alienígena com poderes jamais vistos desenbarca na Terra para liderar uma nova legião de personagens: os super-heróis. Escondido sob personalidade do tímido Clark Kent, Super-Homem, de Joel Schuster e Jerry Siegel tornou-se um mito e referência para as HQs de todos os tempos.
     
História em quadrinhos no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


      As histórias em quadrinhos' começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns e que depois se estabeleceria com as populares tiras diárias. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. Mas, apesar do país contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses.
      Atualmente, o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá).
      Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).
      A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 1960 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.


Primeiros quadrinhos

     Os quadrinhos no Brasil possuem uma longa história, que remonta ao século XIX, com o trabalho pioneiro de Angelo Agostini que criou uma tradição de introduzir desenhos com temas de sátira política e social (as conhecidas charges) nas publicações jornalísticas e populares brasileiras. Entre seus personagens populares estavam o "Zé Caipora" e Nhô-Quin" (1869).[1]
      Em 1905 surgiu a revista O Tico Tico, considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil,[2] com trabalho de artistas nacionais como J. Carlos.
      A partir dos anos 1930, houve uma retomada dos quadrinhos nacionais, com os artistas brasileiros trabalhando sob a influência estrangeira, como a produção de tiras diárias de super-heróis (com a publicação do Garra Cinzenta em 1937 no suplemento A Gazetinha) e de terror, a partir da década de 1940,[3] com os jornais investindo nos chamados "suplementos juvenis", ideia trazida da imprensa americana por Adolfo Aizen.
      Em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.
Continuando com a tradição dos cartuns e charges, se destacaria o cartunista Belmonte, criador do Juca Pato. Em 1942 surgiu o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalística O Cruzeiro.
      No início dos anos 1950, novos quadrinistas brasileiros que iam aparecendo não conseguiram trabalhar com personagens próprios em função da resistência dos editores. Álvaro de Moya produziu capas de o Pato Donald para a Editora Abril. Há ainda o trabalho de Gutemberg Monteiro, que foi trabalhar no mercado americano, desenhando com muito sucesso os quadrinhos de Tom & Jerry.
      A EBAL, empenhada em demonstrar o potencial educacional dos quadrinhos (que nessa época estavam sob críticas moralistas, principalmente nos Estados Unidos), contratou alguns artistas para desenhar matéria cultural, como adaptação de livros e de episódios da história do Brasil.
      No gênero do faroeste apareceu a revista do Jerônimo, publicada pela RGE em 1957, desenhada por Edmundo Rodrigues baseada em uma novela de rádio.
      Nos anos 1950 surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro, mestre do quadrinho erótico.
      Foi no formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica no fim de 1959. Só mais tarde, em 1970, suas histórias passaram a ser publicadas em revistas: primeiro pela Editora Abril, depois em (1987) pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini, recentemente foi lançado Turma da Mônica Jovem versão adolescente da Turma em estilo mangá.



Como é feita uma história em quadrinhos


      A produção de histórias em quadrinhos envolve várias fases, cada uma com suas características e possibilidade de uso em sala de aula.
      Num primeiro momento é elaborado um roteiro. Em algumas situações, é comum essa fase ser antecedida por uma discussão a respeito da história.
      No roteiro são especificados a ação e os textos, incluindo os diálogos e as legendas (são o texto narrativo, que geralmente aparecem em balões quadrados), já dividindo a história em páginas e quadrinhos.
      O roteiro de quadrinhos geralmente segue uma estrutura parecida com a um roteiro de cinema ou de televisão. No alto, coloca-se o título, abaixo o nome do roteirista. A seguir, coloca-se a descrição dos quadrinhos com seus respectivos diálogos e textos.


Alguns elementos das histórias em quadrinhos


      As histórias em quadrinhos envolvem uma linguagem complexa, que foi se aperfeiçoando ao longo de mais de um século de existência dessa arte. Esses elementos e sua simbologia são tão importantes que, para quem não está acostumado com ele, pode ser até impossível entender a história.


Quadro - Também chamado de requadro ou cercadura, é o espaço no qual acontece uma ou mais ações. Nos EUA usa-se geralmente um máximo de seis quadros por página, mas alguns autores contemporâneos preferem o formato clássico de nove quadros por página (usado, por exemplo, em Watchmen). Na Europa, onde sao comuns revistas de tamanho maior, esse número pode dobrar. A disposição dos quadros na página pode facilitar ou dificultar a leitura (lembre-se que no ocidente lemos da esquerda para a direita e isso deve ser respeitado nas HQs). Além disso, a disposição dos quadros cumpre a função de dar dinamismo às seqüências.
Metáforas visuais - Quando o personagem está nervoso, sai uma fumacinha da cabeça dele. Quando alguém está correndo muito rápido, aparecem vários traços paralelos para demonstrar seu deslocamento. Essas metáforas visuais são usadas pelos quadrinistas para transmitir situações da história sem necessitar utilizar o texto. Incentive seus alunos a criar metáforas visuais para várias situações.
Por exemplo:
Como seria a metáfora visual para alguém triste?
Que tipo de metáfora visual poderia demonstrar que alguém está pensando em dinheiro?
E pra quem tem uma idéia?

Onomatopéias - Expressam o som dos objetos e permitem que o leitor "ouça" o som das coisas. Durante muito tempo os brasileiros tentaram imitar as onomatopéias norte-americanas, mas hoje a tendência é criar palavras locais.
Por exemplo:
Como seria possível escrever o som de uma régua batendo no quadro?
Como é o som de um cofrinho cheio de moedas sendo balançado?

Balão - É onde ficam as falas dos personagens. O balão normalmente é arredondado, com um rabicho que indica quem está falando. O texto narrativo é colocado em um balão quadrado. O balão não só expressa quem está falando, como pode expressar o humor da pessoa. Assim, um balão pode expressar susto, grito, medo, frieza e até amor (é o caso de um balão no formato de coração). Incentive seus alunos a descobrir vários tipos de balões e a criar seus próprios balões.